TJAC realiza roda de conversa sobre Medidas Protetivas com mulheres que sofreram violência doméstica

Atividade na Casa Rosa Mulher integra programação da Coordenadoria Estadual das Mulheres em Situação de Violência Doméstica e Familiar do Tribunal de Justiça do Acre (TJAC) pela campanha Agosto Lilás

“Retirou a medida, mas precisou de novo? Pede de novo. A Medida Protetiva é concedida quantas vezes a mulher precisar”, afirmou a servidora do Poder Judiciário do Acre, a psicóloga Cleudina Ribeiro, nesta sexta-feira, 22, na roda de conversa realizada na Casa Rosa Mulher, com mulheres que sofreram violência doméstica.

A atividade faz parte da programação da campanha Agosto Lilás, da Coordenadoria Estadual das Mulheres em Situação de Violência Doméstica Familiar (Cosiv) do Tribunal de Justiça do Acre (TJAC) e contou com o apoio de outras duas servidoras, as assistentes sociais Amália Costa e Milene Moura, assim como, com a equipe técnica da Casa Rosa Mulher.

O bate-papo com as mulheres assistidas pela instituição abordou assuntos como; solicitar Medidas Protetivas de Urgência; quais direitos as mulheres têm; o que acontece quando as ordens de afastamento são descumpridas; tempo do atendimento entre a solicitação da proteção e intimação do agressor.

As profissionais da Justiça também trataram sobre ciclo da violência, divisão de bens, divórcio, guarda de filhos, fluxo de atendimento nas varas de Proteção à Mulher e da equipe multidisciplinar e conversaram sobre os impactos negativos de relacionamentos abusivos.

“Abusos psicológicos acontecem sem ter um toque na pessoa, mas na verdade ela está sendo manipulada, controlada. É um tipo de violência que é mais difícil de identificar e traz muitas consequências, danos. A mulher vive com medo. Relações abusivas acontecem de várias formas, são mais sutis, a pessoa vivencia isso no dia a dia e, quando começa a perceber, a violência está grave”, alertou Cleudina.

A psicóloga elencou exemplos de situações abusivas: colocar defeito na personalidade da pessoa e em tudo que ela faz; isolar a mulher, afastando-a das pessoas, amigos, familiares; controlar roupas, maquiagem, alimentação; vigiar uso do celular; e, monitorar todos os passos da mulher.

Para uma das participantes, que fez mais questionamentos durante a atividade, momentos assim deveriam ser feitos mais vezes: “Amei o encontro porque a gente fica sabendo de coisas que não sabia, como sobre violência psicológica, abuso, tornozeleira, botão do pânico. Eu amei. Se tivesse mais, seria bom. Amei”.

Texto: Emanuelly Falqueto / Fotos: Gleilson Mirando | Comunicação TJAC

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