TJAC firma Termo de Cooperação Técnica para implantar ações de leitura em unidades prisionais no Acre

Iniciativa, do Grupo de Pesquisa Investigação de Leitura da Universidade Federal do Acre, começou em Cruzeiro do Sul, mas a intenção é implantar ações do Programa em mais presídios do estado. Assim, além da formação de leitores é dada oportunidade para que a remissão da pena seja realizada com a leitura

A Resolução nº 391 de 2021 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) atualizou e regulamentou a remissão da pena das pessoas por meio da leitura. Para dar cumprimento a essa medida, o Tribunal de Justiça do Acre (TJAC) assinou Termo de Cooperação Técnica para ampliar as ações do Programa “Presídios Leitores”.

Nesta sexta-feira, 18, a desembargadora-presidente do Tribunal acreano, Regina Ferrari, recebeu a vice-coordenadora do Programa, a professora Maria Ana Morais Lima, do Instituto Federal do Acre (Ifac), e a chefe da Divisão de Educação do Instituto de Administração Penitenciária do Acre (Iapen), Margarete da França Santos, para conhecer os projetos que já são realizados e ratificar seu apoio à iniciativa.

Também participaram do momento, o juiz de Direito Robson Aleixo, membro do Grupo de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário e Socioeducativo (GMF) e servidoras do Judiciário envolvidas no GMF e engajadas com o programa.

A iniciativa começou como um projeto do Grupo de Investigação de Leitura e Vida (GIL), do Centro de Educação e Letras, da Universidade Federal do Acre (Ufac), realizado em Cruzeiro do Sul, mas a intenção é levar para outras unidades prisionais do estado. Com isso, busca-se garantir a ressocialização, humanização e remissão da pena de pessoas encarceradas.

Para desenvolvimento do programa, além da Ufac, Ifac e agora TJAC, outras instituições são parceiras: a Secretária de Estado do Educação (SEE) e a Academia Acreana de Letras.

Atualmente, dentro do Presídio Leitores são executados sete projetos: “Mulheres e homens que leem na prisão”, uma ação de incentivo à leitura dentro das unidades prisionais; “Banco de avaliadores”, criado para validar as produções textuais dos reeducandos, e assim, possa ser feita a remissão das penas; “Ler sem saber”, para incluir custodiados que não dominam a leitura do código escrito; “Casa de ser livre”, projeto de melhoria das bibliotecas; Campanha de doações de livros; formação de mediadores e leitura; e núcleo para captar recursos.

Com a ampliação e fortalecimento da medida é possível cumprir a legislação, quanto a disponibilização dessas práticas nas unidades prisionais, e também se fornece novas perspectivas para pessoas, que, por vezes, só encontram trancadas no cárcere a oportunidade de acessar atividades educativas-escolares.

“Espero que o Programa avance e seja frutífero. O Programa Presídio Leitores é uma porta para liberdade”, comentou a Ferrari. Com isso, o TJAC avança no desenvolvimento de projetos, articulação ações de ressocialização, que se integram a política judiciária nacional do Programa Fazendo Justiça.

Emanuelly Falqueto | Comunicação TJAC

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