“O que cometi, não vou mais fazer”, diz pessoa em cumprimento de medidas alternativas penais por delito ambiental

Nesta sexta-feira, 31, no Fórum Criminal, a primeira turma do curso de responsabilização ambiental recebeu certificado de participação na atividade.

Antecedendo a comemoração do Dia Mundial do Meio Ambiente, que será no dia 6 de junho, foram entregues os certificados de conclusão à 1ª turma do “I Curso de Responsabilização Ambiental”, para pessoas em cumprimento de alternativas penais, nesta sexta-feira, 31 de maio, na Vara de Penas e Medidas Alternativas da Comarca de Rio Branco, no Fórum Criminal, na Cidade da Justiça.

O objetivo principal da ação foi conscientizar pessoas que cometeram delitos ambientais com menor potencial ofensivo e tinham sido sentenciadas a cumprirem medidas alternativas. O curso foi ministrado por universitários parceiros da empresa júnior “Florestal Jr.”, teve 20 horas de duração e ocorreu no decorrer de quatro sábados no mês de maio.

Para a juíza de Direito Andréa Brito, titular da unidade judiciária, a ação é importante por evitar a reincidência. “Esse é o momento de retribuir pelo erro cometido, mas também de despertar para uma prática diferente. Ao mesmo tempo em que estamos punindo, estamos transformando. Essa ação é para corrigir, provando que a educação é a melhor das armas”, comentou a magistrada.

Um dos participantes do curso fez questão de agradecer a oportunidade ao receber o certificado. “Cada um de nós aqui é pai de família. Se não tivéssemos a oportunidade dessa pena alternativa, talvez fossemos para o presídio, onde seriamos obrigados a entrar em facção criminosa. Essa foi uma oportunidade, aprendi muita coisa que não sabia em relação a queimadas, solo e nossa própria saúde e o que eu cometi, não vou mais fazer”, afirmou o participante.

Boas práticas ambientais

Ao todo finalizaram o curso oito pessoas, que tiveram a chance de debaterem os temas relacionados ao meio ambiente, como: queimadas, desenvolvimento sustentável, Código Florestal, desmatamento, captura de animais silvestres, práticas de conservação do solo e outros assuntos, abordados com a finalidade de conscientizar os participantes a mudarem de atitude e disseminarem boas práticas.

Christian Brito, acadêmico do 6º período de Engenharia Florestal da Universidade Federal do Acre (UFAC) e diretor-presidente da “Florestal Jr.”, avaliou de forma positiva a parceria. “Foi enriquecedor a atividade e a forma como todos interagiram com o conteúdo que fomos trabalhando ao longo do curso”.

Durante a entrega, o promotor de Justiça, Getúlio Barbosa, enfatizou a necessidade das penas e medidas alternativas, parafraseando o poeta português Fernando Pessoa, disse: “Tudo vale a pena se a alma não é pequena e a alma dos senhores não é pequena. Vocês aprenderam. Cada pai de família aqui presente aprendeu algo que beneficia também a família de vocês. Essa é outra visão, outro formato de reinserção social. Parabenizo a todos”.

Assessoria | Comunicação TJAC

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