A programação inclui visitas guiadas de alunos de escolas públicas, uma exposição sobre a trajetória do Judiciário do Acre e uma palestra com o tema “Os Rituais do Judiciário Herdados do Direito Romano”, que será ministrada na sexta-feira, 18 de maio, Dia Internacional dos Museus, pela desembargadora Regina Ferrari. Centro Cultural do Juruá também participa das atividades
No próximo dia 18 de maio, comemora-se o Dia Internacional dos Museus. A data foi instituída pelo Conselho Internacional de Museus (ICOM) com o objetivo de promover a conscientização da sociedade sobre a importância dos museus como meio de intercâmbio cultural, enriquecimento das culturas, desenvolvimento da compreensão mútua e da cooperação e paz entre os povos. Também busca-se dar mais visibilidade à importância dos museus como espaços de valorização do patrimônio cultural e histórico.
No Brasil, foi estabelecida ainda a Semana Nacional de Museus, ação coordenada pelo Ministério da Cultura por meio do Instituto Brasileiro de Museus (Ibram) que chega este ano à sua 23° edição com o tema “O Futuro dos Museus em Comunidades em Rápida Transformação”. As atividades tiveram início nesta segunda-feira, 12, se estendendo até a sexta-feira, 18, Dia Internacional dos Museus.



O Museu do Judiciário, localizado no Palácio da Justiça, Centro Cultural do TJAC, mais uma vez integra a programação, representando o estado do Acre. O local convida os visitantes a uma imersão na herança histórica do Poder Judiciário do Acre, desde a instalação da Corte de Apelações do Território do Acre, em Sena Madureira, no ano de 1908, tempo em que os autos dos processos ainda eram manuscritos e costurados a mão e linha em velhas capas encadernadas, passando pela revolução trazida pelas máquinas de datilografia durante a década de 1920, à chegada dos computadores, até os dias atuais da Justiça 4.0 e do Processo Judicial eletrônico (PJe).
O cronograma de atividades inclui visitas guiadas para alunos do Centro de Educação de Jovens e Adultos (CEJA) e escolas públicas e particulares (mediante prévio agendamento) e a realização de palestras. Em Cruzeiro do Sul, o Centro Cultural do Juruá, que também integra a ação, recebe visitas guiadas para estudantes das Escolas Maria Lima de Souza e Craveiro Costa, além de acadêmicos do Centro de Formação e Tecnologia do Juruá (Ceflora). Neste ano, a unidade inaugurou um novo espaço, destinado aos heróis nacionais, que neste mês de maio homenageia o piloto Ayrton Senna, morto há 31 anos, em um trágico acidente de Fórmula 1, no Grande Prêmio de San Marino, em Ímola, na Itália.
O Palácio da Justiça
O Palácio da Justiça foi inaugurado no dia 30 de abril de 1957, abrigando inicialmente o Fórum da Comarca de Rio Branco, o Tribunal do Júri, os cartórios judiciais, eleitorais e extrajudiciais, sob a administração do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJRT), que ainda era capital do Brasil à época. O prédio histórico também foi a primeira sede da Corte de Justiça acreana, instalada oficialmente em junho de 1963, um ano após a entrada em vigor da Lei que criou o Estado do Acre, tendo sido sede da Corte de Apelações do Estado durante quase quatro décadas



Os móveis, os itens expostos, até mesmo as vestimentas usadas pelos pioneiros da Justiça no Acre, seus martelos, símbolo da autoridade do Poder Judiciário, desgastados pelo uso e pelo tempo, contam de maneira silenciosa uma história de lutas, avanços e conquistas do Poder Judiciário do Acre com o objetivo de garantir os direitos dos jurisdicionados e o exercício da cidadania no estado. Tudo evoca uma volta no tempo.
Além disso, o Palácio da Justiça também abriga uma exposição que conta passo a passo a trajetória do Poder Judiciário do Acre, destacando sua evolução e os serviços prestados aos cidadãos acreanos, por meio dos programas sociais do Tribunal de Justiça, como o ECA na Comunidade: Direitos e Deveres, o Projeto Cidadão e o programa Cidadania e Justiça na Escola, entre outros, que têm como objetivo levar os serviços do Judiciário aos cantos mais longínquos, de difícil acesso e mesmo aos municípios geograficamente isolados.



“Fazer parte dessa ação cultural de âmbito nacional nos dar protagonismo dentro da política de preservação, difusão e divulgação do acervo que conta a trajetória histórica da formação da Justiça em terras acreanas e no inclui no contexto da História do Acre. Afinal, a sociedade acreana é formada por conflitos desde sua anexação ao Brasil e a maioria dessas resoluções tem no Judiciário o poder de garantia dos direitos”, destacou Ana Cunha, gerente de acervos do TJAC.
A programação também inclui a realização de uma palestra que será ministrada pela desembargadora Regina Ferrari, vice-presidente do TJAC, com o tema “Os Rituais do Judiciário Herdados do Direito Romano”.
No Palácio da Justiça, os visitantes podem ainda conhecer a Biblioteca Jurídica Alberto Zaire e o Café Jurídico. Para saber mais sobre as atividades culturais do Centro Cultural do TJAC, clique aqui (link seguro). Agendamentos para visitas de alunos podem ser feitos pelos números (68) 3212-8426 ou (68) 3212-8296, no horário das 8 às 17 horas.