Núcleo da Justiça Restaurativa do TJAC realiza capacitação com profissionais da educação em Brasiléia

Professores, educadores e gestores compareceram com o intuito de compreender esse modelo de justiça, que prioriza a resolução de conflitos, com foco no diálogo, reparação e restauração

Reforçando o compromisso social e com o objetivo de estabelecer mais harmonia nos ambientes educacionais, o Tribunal de Justiça do Acre (TJAC), por meio do Núcleo Permanente de Justiça Restaurativa (Nujures), têm levado para inúmeras escolas públicas a prática da Justiça Restaurativa (JR). Nesta quinta-feira, 8, profissionais que atuam no sistema educacional do município de Brasileia participaram do curso de formação de facilitadores em JR.

No auditório do Centro de Educação Profissional (CEDUP) de Brasiléia, professores, educadores e gestores compareceram com o intuito de compreender esse modelo de justiça, que prioriza a resolução de conflitos, com foco no diálogo, reparação e restauração. A prática levada para as escolas, por meio da parceria entre o Poder Judiciário acreano e Secretaria de Educação, reúne vivências para a transformação dos atores das instituições de ensino.

A atividade contou com a presença da supervisora do Nujures desembargadora Waldirene Cordeiro, da coordenadora juíza de Direito Andréa da Silva Brito, do juiz de Direito Titular da Vara Criminal da Comarca de Brasiléia Guilherme Miotto, dos formadores Fredson de Lima Pinheiro e Mirlene Thaumaturgo e do secretário Adjunto de Gestão e Finanças da Secretaria de Estado de Educação Reginaldo Prates. Além de representantes do Ministério Público, da Prefeitura de Brasiléia e profissionais que atuam no sistema educacional.

“É sempre uma satisfação trabalhar com a JR”, assim definiu a supervisora da Justiça Restaurativa do TJAC, desembargadora Waldirene Cordeiro. “Com essa formação, esses profissionais poderão compreender do que se trata a Justiça Restaurativa, que é um olhar diferenciado para resolução efetiva de um conflito. Não se trata, como alguns querem dizer, de impunidade, mas de um olhar diferenciado para que a gente possa resolver a situação. Lembrar também que Justiça Restaurativa cabe em qualquer lugar, em qualquer organização, porque o que nós queremos é paz social e justiça com a igualdade, com a fraternidade, e a empatia se espraia em todos os lugares e nós temos certeza que nós vamos formar uma sociedade muito melhor”, finalizou a magistrada.

Para o 3º sargento da Policia Militar do Acre (PMAC) Josinei da Silva Alves, que atua no policiamento escolar, comentou sobre sua experiência com a JR. “Falar de Justiça Restaurativa no ambiente escolar pra gente é de uma felicidade muito grande e de uma certeza de que a escola pode ser transformada de fato com a JR, porque a gente sabe que hoje os principais problemas das escolas estão relacionados não com o aluno em si, mas com a relação que ele tem, por exemplo, com a família, com sua bagagem cultural e as referências que eles trazem de casa. Acredito que a Justiça Restaurativa, com os círculos de paz nas escolas, vai ter esse poder transformador mesmo e transformador de mentes. Com as ferramentas da JR poderemos levar esses jovens a refletirem, questionarem e auxilia-los eles terem uma outra visão de mundo”, concluiu o militar.

Em 2024, o Nujures capacitou 90 educadoras e educadores da rede estadual em teoria de Justiça Restaurativa. Em 2025, o curso já foi realizado em Rio Branco e agora segue para todos os municípios acreanos.

As ações tem apoio da Escola do Poder Judiciário (Esjud) e alinhadas com os direcionamentos da Coordenadoria do Comitê Gestor da Justiça Restaurativa do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), liderado pelo conselheiro Alexandre Teixeira de Freitas Bastos Cunha.

Texto e fotos: Elisson Magalhães | Comunicação TJAC

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