TJAC recebe visita institucional de representantes do Conselho Nacional do Ministério Público

Ações de fortalecimento das políticas penais foram apresentadas aos representantes da Comissão da Sistema Prisional, Controle Externo da Atividade Policial e Segurança Pública

Na manhã desta quarta-feira, 24, a decana da Corte, desembargadora Eva Evangelista, juntamente com a coordenadora da Infância e Juventude, desembargadora Waldirene Cordeiro, o coordenador do Grupo de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário (GMF), desembargador Francisco Djalma, receberam o conselheiro do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), Jaime Miranda, o membro auxiliar e chefe de gabinete da Corregedoria Nacional, promotor Vinícius Evangelista, e o membro auxiliar da Comissão do Sistema Prisional do CNMP, André Martins.

A reunião, que tratou do fortalecimento das políticas penais, também teve as presenças do procurador-geral do Ministério Público do Acre, Danilo Lovisaro, do secretário adjunto da Secretaria Estadual de Justiça e Segurança Pública, coronel Evandro Bezerra, da juíza Andrea Brito e os juízes Alex Oivane, Hugo Torquato e Robson Aleixo.

A desembargadora-presidente Regina Ferrari cumpre agenda fora do Estado, portanto a condução da agenda foi realizada pela desembargadora Eva Evangelista. Compartilhando atualizações do cenário local, o desembargador Francisco Djalma enfatizou ter ido ao Instituto de Administração Penitenciária do Acre (Iapen/AC) na última terça-feira, 23, logo elencou situações das penitenciárias acreanas.

Por sua vez, o conselheiro afirmou a preocupação existente sobre as rebeliões e tentativas de fuga ocorridas em 2023. “Ainda não é possível institucionalizar uma solução, mas podemos remediar situações para que a dignidade, o trabalho e a educação avancem dentro do cenário atual. Nesse sentido, a gestão de crises tem servido para reduzir os danos”, assinalou Miranda.

O Estado de Inconstitucionalidade precisa ser alterado, mas apesar dessa problemática, a desembargadora Waldirene sinalizou que há um quadro mais esperançoso no sistema socioeducativo do Acre. “Nos entristece que o motivo da reunião seja o crescimento da violência, mas no socioeducativo do Acre há cerca de 45% da ocupação das 361 vagas disponíveis”.

Ainda carecem de estudos para explicar os dados estatísticos atuais, uma vez que em 2018 havia uma superpopulação no sistema socioeducativo e agora sobram vagas. Em contraposição, no sistema penal há um déficit de 1.400 vagas. O procurador-geral deu destaque ao controle da criminalidade dentro dos presídios. “É preciso acompanhar e refletir sobre o que podemos fazer melhor. O fenômeno das organizações criminosas exige uma execução penal rígida e a criminalidade só irá diminuir quando for tratada de forma prioritária”, concluiu.

Após a conclusão das manifestações foram apresentadas informações do relatório do GMF, como a entrega de documentação civil para reeducandos por meio do Projeto Cidadão, avanços do Comitê de Políticas Penais, portarias interinstitucionais para grupos de trabalho que tratam de temas como a prevenção e combate à tortura, a premiação do Projeto Radioativo e andamento de convênios.

No encerramento, o conselheiro entregou edições da revista científica “Sistema Prisional, Controle Externo da Atividade Policial e Segurança Pública”  para as desembargadoras. “Há muitas resistências quando se fala em implantar ações em presídios. Estou satisfeito com as ideias e dados expostos. Muito nos motiva a qualidade do trabalho feito aqui”, sintetizou o conselheiro Jaime, que segue cumprindo agenda na capital acreana até esta quinta-feira, dia 25.

Texto: Miriane Teles/ Fotos: Elisson Magalhães | Comunicação TJAC

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