Embora o Tribunal de Justiça do Acre (TJAC) desenvolva essa política ao longo de todo o ano, por meio de suas comissões, é no início de maio que as ações são intensificadas
O dia 2 de maio marca o Dia Nacional de Combate ao Assédio Moral, data dedicada à conscientização, prevenção e combate à violência psíquica ou física no ambiente de trabalho. Embora o Tribunal de Justiça do Acre (TJAC) desenvolva essa política ao longo de todo o ano, por meio de suas comissões, é no início de maio que as ações são intensificadas.
No próprio dia que simboliza um chamado crucial para a luta contra as práticas abusivas que impactam negativamente a saúde psíquica e física das servidoras e servidores, a Diretoria de Informação Institucional produziu um vídeo educativo sobre o assédio, mostrando o quanto o respeito é fundamental no ambiente de trabalho. Veja aqui.
Para o período de 5 a 9 de maio, a Comissão de Prevenção e Enfrentamento do Assédio Moral, Sexual e da Discriminação, no âmbito do 1º grau de jurisdição, que tem a frente a juíza de Direito Evelin Bueno, planejou várias atividades.
Uma delas, foi a Roda de Conversa com as magistradas e magistrados, diretoras e diretores de Secretaria Judicial e Administrativa da Comarca de Cruzeiro do Sul, que aconteceu nesta segunda-feira, 5.
Ministrada pela titular da 1ª Vara Criminal, juíza Gláucia Gomes, ela iniciou explicando sobre a Resolução n.º 351/2020 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que estabelece diretrizes para a prevenção e o combate ao assédio moral, sexual e à discriminação no Poder Judiciário.


Durante a roda de conversa foram abordadas situações cotidianas que podem caracterizar assédio moral, muitas vezes de forma sutil ou involuntária. Um dos exemplos citados foi o envio de mensagens fora do horário de expediente, que, embora nem sempre caracterize assédio por si só, pode impactar negativamente a saúde mental dos servidores ao invadir seu tempo de descanso.
“Falamos ainda sobre a importância de se promover uma gestão respeitosa, empática, com escuta ativa e sensível às particularidades de cada pessoa. O enfrentamento ao assédio moral exige mudanças de hábito, inclusive na forma como gestores se comunicam com suas equipes. A escuta individualizada de servidores que apresentem mudanças de comportamento ou queda de produtividade, por exemplo, deve ser feita com discrição e acolhimento, buscando compreender possíveis causas pessoais ou profissionais, em vez de adotar atitudes punitivas ou excludentes”, explicou.
Segundo a magistrada, a participação ativa de todos demonstrou o comprometimento institucional com a construção de um ambiente de trabalho mais saudável, equilibrado e humano. “O ambiente informal favoreceu o diálogo e a troca de experiências, reforçando o compromisso do TJAC com a melhoria contínua das relações interpessoais no serviço público”, finalizou.
A campanha segue ao longo da semana com ações educativas e orientações específicas, voltadas a fortalecer a cultura do respeito mútuo, da empatia e da valorização da dignidade de cada servidor e servidora. Como parte das medidas adotadas, por exemplo, o TJAC disponibilizou um formulário eletrônico para que servidoras e servidores possam, de forma segura e sigilosa, registrar situações que eventualmente contrariem o clima organizacional saudável esperado nas unidades judiciais e administrativas e ainda terá entrega de uma sala de acolhimento às vítimas de assédio moral, sexual e discriminação.