Ação educacional concorre para otimização do trabalho no Judiciário e a uma maior efetividade nos serviços oferecidos aos cidadãos.
Capacitar os(as) participantes nas bases conceituais e práticas da inovação no setor público, com foco na estruturação, gestão e operacionalização de um Laboratório de Inovação alinhado aos princípios da Resolução nº 395/2021 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Com essa proposta, a Escola do Poder Judiciário do Acre (Esjud) deu início nesta segunda-feira (12) ao curso “Laboratoristas de Inovação”.


Com uma carga-horária de 20 horas-aula, a agenda será realizada até a quarta-feira (14) na sede do Tribunal Regional Eleitoral do Acre (TRE-AC), com atividades teóricas e, principalmente, práticas, que articulem normatividade, estratégia institucional e compromisso com a transformação da Justiça acreana e brasileira.
A abertura da programação teve a participação do desembargador Luís Camolez, diretor do Órgão de Ensino, da juíza de Direito Louise Kristina, à frente do Laboratório de Inovação da Corte de Justiça Eleitoral, e dos formadores Anderson Porto e André Fachin (veja currículos abaixo).
Ao agradecer pela parceria com o TRE-AC, ao qual a Escola Judicial Acreana cedeu vagas para o curso, o diretor assinalou a relevância da atividade. “A tecnologia é fundamental para otimizar o trabalho no nosso dia a dia e dar maior efetividade nos serviços que oferecemos aos cidadãos. É isso que pretendemos com esta ação educacional; tenham a melhor aprendizagem possível e não saiam daqui com nenhuma dúvida, pois os formadores são do mais elevado gabarito no Brasil”, disse o desembargador Luís Camolez.


O curso também vale para o Prêmio CNJ de Qualidade e tem como público-alvo magistrados(as), servidores(as) e colaboradores(as) do Poder Judiciário do Acre, com atuação no Laboratório de Inovação, além de convidados que atuam como parceiros (TRE/AC, MP/AC, TCE/AC e DPE/AC).
A magistrada Louise Kristina agradeceu pela presença dos(as) cursistas, enfatizando tratar-se de uma formação moldada em conjunto, por várias mãos. “Levamos em consideração os anseios da Instituição de cada participante e a melhoria dos fluxos de trabalho como um todo, de maneira integrada”, explicou.
Laboratórios de inovação
Os laboratórios de inovação têm se consolidado como espaços colaborativos e multidisciplinares voltados à experimentação, ao desenvolvimento de soluções criativas e à resolução de problemas complexos. Sua implantação no âmbito do Tribunal de Justiça representa uma oportunidade de mobilizar servidores(as), magistrados(as) e demais atores institucionais em torno de metodologias ágeis, centradas no usuário e orientadas à transformação digital, à eficiência administrativa e à melhoria da experiência do cidadão com a Justiça.
O início do curso
Anderson Porto e André Fachin utilizam uma metodologia baseada em práticas de educação dialógica e participativa, priorizando a escuta ativa, o respeito à diversidade de experiências e a construção coletiva do conhecimento. Já no primeiro dia conduziram uma roda de conversa de forma horizontal, com mediação sensível e ética, incentivando a livre expressão dos(as) cursistas.



Utilizaram dinâmicas de sensibilização, perguntas norteadoras e momentos de síntese coletiva, promovendo reflexões significativas sobre o tema e o fortalecimento de vínculos institucionais baseados na confiança, no respeito mútuo e na corresponsabilidade.
Ementa
Histórico da criação dos laboratórios de inovação (geral, setor público e Poder Judiciário); conceitos de inovação no setor público; competências para inovação e principais abordagens metodológicas utilizadas na dinâmica dos laboratórios de inovação, como a identificação e definição de problemas e necessidades, coleta e análise de dados, construção de potenciais soluções, teste e experimentação.Também a Política Nacional de Gestão da Inovação no Poder Judiciário (Resolução 395/2021) e design thinking.
Formadores
Anderson Porto é especialista em Inovação em Tecnologias Educacionais pela Universidade Anhembi Morumbi (SP), com formações em Design Thinking e ampla vivência na metodologia DofPISA, aplicada em oficinas e formações para o fortalecimento da cultura de inovação no Judiciário. Atua como laboratorista no STJ LAB, colaborando no desenvolvimento de soluções inovadoras para a educação corporativa do Tribunal. Há 12 anos é instrutor e facilitador em programas formativos do Superior Tribunal de Justiça (STJ) com destaque para trilhas de aprendizagem, oficinas de inovação e capacitações em metodologias ativas. Recentemente, participou da Formação de Laboratoristas, da Formação Change Vortex – Mastering Organizational Behavior and Transformation e da Certificação em Value Management Office (VMO) mantendo-se atualizado em inovação organizacional, gestão estratégica de portfólios e gestão da mudança.
André Fachin é especialista em Gestão Estratégica de Pessoas e em Inovação no Setor Público, atua há mais de 10 anos com desenvolvimento de lideranças, transformação organizacional e metodologias colaborativas. É facilitador certificado em Design Thinking, Management 3.0 e Estruturas Libertadoras, com sólida experiência na condução de formações voltadas à inovação e à cultura ágil no Judiciário. Atualmente, é gestor na área de Projetos de Gestão de Pessoas no STJ e laboratorista no STJ LAB. É também instrutor em diversos programas com atuação prática na promoção da Política Nacional de Gestão da Inovação no Poder Judiciário (Resolução nº 395/2021 do CNJ). Pós-graduando em Neurociência, Psicologia Positiva e Mindfulness pela PUC-PR, alia práticas de inteligência emocional ao desenvolvimento de soluções centradas nas pessoas. Sua atuação conecta gestão estratégica, inovação e propósito público.