Combate ao assédio institucional ganha um novo canal de atendimento no TJAC

“O assédio não tem espaço no nosso Tribunal. São condutas que não são aceitas, nem agora, nem nunca”, enfatizou o presidente do TJAC

A Presidência do Tribunal de Justiça do Acre (TJAC) e a Comissão de Prevenção e Enfrentamento do Assédio Moral, Sexual e da Discriminação no âmbito do 1º Grau entregaram a Sala de Acolhimento nesta quinta-feira, 8. Situada no Fórum dos Juizados Especiais, na Cidade da Justiça de Rio Branco, o local é mais um ponto de referência e afirmação dos valores institucionais contra esses tipos de crimes.

A juíza Evelin Bueno, presidente da Comissão de Prevenção e Enfrentamento do Assédio Moral, Sexual e da Discriminação no âmbito do 1º Grau de jurisdição, deu ênfase à adesão do Judiciário à campanha nacional.

“São novas práticas que se somam ao trabalho que está em desenvolvimento no Tribunal. A sala vai servir para o diálogo além do virtual, com o acolhimento digno e respeitosos que essa questão merece. Mas é preciso lembrar que também temos o canal de atendimento disponível na intranet. Podem ser registradas manifestações na Diretoria de Gestão de Pessoas e Ouvidoria”.

A presidente da Associação dos Magistrados do Acre (Asmac), juíza de Direito Olívia Ribeiro, ressaltou sobre os danos psicológicos advindos desse tipo de condutas. “Esse é um crime mascarado em muitas situações cotidianas. Assim como a violência doméstica, muitas vezes a vítima se sente culpada pelo o que está acontecendo e são gerados danos psicológicos”, ressaltou utilizando a experiência na Vara de Proteção à Mulher.

Por sua vez, o presidente do TJAC, desembargador Laudivon Nogueira, salientou que essa pauta provoca uma reflexão sobre a saúde da instituição. “Se as lideranças estão adoecidas, há um adoecimento generalizado. Práticas que poderiam passar despercebidas há décadas, hoje não é mais aceitável. É tempo de despertar e mudar a cultura para não termos ambientes tóxicos. Há pessoas que ignoram os problemas na saúde mental, por isso é preciso cuidar da qualidade de vida dos servidores. O assédio não tem espaço no nosso Tribunal. Não são aceitas, nem agora, nem nunca”, declarou.

Deste modo, o evento serviu para incentivar que as servidoras e servidores comuniquem violações e participem das pesquisas de satisfação, uma vez que sem o conhecimento dos fatos, não tem como tomar providências e buscar soluções.

Também estavam presentes, o juiz auxiliar da Corregedoria-Geral da Justiça, Anastácio Menezes; a diretora do Foro, juíza de Direito Luana Campos; a juíza de Direito Lilian Deise, que é membro da comissão; a servidora Bruna Fonseca, que também é membro da comissão; além das servidoras, servidores, estagiárias, estagiários, bem como colaboradores do TJAC.

A atividade integra a programação do TJAC na Semana de Combate ao Assédio e à Discriminação, instituída pela Resolução nº 450/2022 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), a qual estabelece a promoção anual do evento no mês de maio como parte da agenda permanente dos tribunais brasileiros.

Texto: Miriane Teles/ Fotos: Gleilson Miranda | Comunicação TJAC

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