As Câmaras Cível e Criminal do Tribunal de Justiça do Estado do Acre têm desde ontem novos presidentes. Na primeira, tomou posse o desembargador Samoel Martins Evangelista. O desembargador Arquilau de Castro Melo assumiu a Criminal. O mandato de ambos é de dois anos.
A presidente do TJ, desembargadora Izaura Maia, empossou os desembargadores em rápida solenidade realizada em seu gabinete. Além de dirigir as Câmaras, os dois magistrados assumem, em breve, o Tribunal Regional Eleitoral do Acre (TRE/AC). Samoel deve ser eleito presidente e Arquilau Melo acumular a vice-presidência e a corregedoria do referido Tribunal.
Samoel Martins Evangelista
Natural de Rio Branco, o desembargador Samoel Evangelista formou-se em Direito pela Universidade Federal do Acre (UFAC), em 1983. É pós-graduado em Direito Processual Civil. Na Secretaria de Segurança Pública do Acre, atuou como Diretor do Departamento de Identificação, Diretor do Departamento de Polícia Técnica, Diretor do Departamento de Polícia Judiciária, Assessor Jurídico, membro da Comissão Permanente de Licitação, Corregedor-Geral da Polícia Civil, Delegado de Polícia Civil, membro do Conselho Estadual de Prevenção, Fiscalização e Repressão a Entorpecentes, Secretário de Segurança Pública, Diretor-Geral da Polícia Civil, Diretor-Geral do Departamento Estadual de Trânsito, Vice-Presidente do Conselho Regional de Segurança da Fronteira Oeste (CONSEFO), além de Diretor Financeiro do Conselho Nacional dos Corregedores-Gerais do Ministério Público dos Estados e da União. No Ministério Público do Estado do Acre, foi Promotor de Justiça de Primeira Entrância, Promotor de Justiça de Segunda Entrância, Titular da Quarta Promotoria de Justiça Criminal da Capital, Procurador de Justiça, Coordenador de Controle Externo da Atividade Policial e Fiscalização dos Presídios e Corregedor-Geral. No Tribunal de Justiça, assumiu a Vice-Presidência de 2003 a 2005, e exerceu a Presidência de 2005 a 2007.
Arquilau de Castro Melo
O desembargador Arquilau Melo é acreano de Cruzeiro do Sul (AC) e bacharel em Direito pela Universidade Federal do Acre. Trabalhou como jornalista no final da década de 1970, escrevendo para o jornal alternativo O Varadouro, e depois para a Gazeta do Acre. Advogou na Confederação Nacional dos Trabalhadores em Agricultura (CONTAG) e no Centro de Defesa dos Direitos Humanos, ligado à Igreja da Prelazia do Acre-Purus (atual Diocese de Rio Branco). Nessa condição, deu assistência jurídica aos Sindicatos dos Trabalhadores Rurais do Acre e às Associações de Moradores de Rio Branco. Participou de movimentos populares ligados à defesa dos excluídos e foi o principal advogado de centenas de famílias seringueiras que, expulsas da floresta, encontravam na invasão de terrenos nas periferias da cidade de Rio Branco, capital do Estado, a única alternativa para conseguir um teto. Ingressou na magistratura acreana em 1986, após ter sido aprovado em concurso público de provas e títulos. Em 1994, foi promovido, por merecimento, ao cargo de Desembargador. Desempenhou as funções de Corregedor Geral da Justiça no ano de 1998, e Presidente do Tribunal Regional Eleitoral do Acre em 2000. Assumiu, ainda, a Presidência do Tribunal de Justiça do Acre no biênio 2001/2003.