II Semana Euclidiana destaca passagem de escritor de Os Sertões pelo Acre

O movimento Euclidiano no Acre realiza a segunda edição do encontro de debate e oficinas cujos temas centrais são a obra, vida e importância cultural e política do escritor Euclides Rodrigues Pimenta da Cunha em território acreano. A Semana Euclidiana acontece no anfiteatro Garibaldi Brasil, na Universidade Federal do Acre (UFAC), entre os dias 19 e 21 de junho. Nomeado pelo Barão de Rio Branco como chefe da Comissão Mista Brasileiro-Peruana de Reconhecimento do Alto Purus, Euclides da Cunha visitou e demarcou o território acreano em fronteira com o Peru. “A Semana Euclidiana deve discutir o papel determinante na história do Acre. Euclides da Cunha continua atual e a sua história de vida é um exemplo. Conhecer as margens do Purus é realmente uma honra e seu legado entranha à história do nosso povo”, afirma o desembargador Arquilau de Castro Melo. A Semana Euclidiana teve a abertura oficial com o pronunciamento do desembargador Arquilau Melo que externou a importância do escritor para o povo acreano. A programação se estende em palestras, minicursos, lançamento de home page (página de Internet), mesa redonda, exibição de documentário, dentre outros eventos. Eles devem ocorrer distribuídos pela manhã, tarde e noite em todo o período da conferência. As palestras serão ministradas pela doutora em teoria e críticas literárias, membro do Conselho Euclidiano de São José do Rio Pardo, professora de literatura da Universidade Paulista em São José do Rio Pardo, Maria Olívia Garcia Ribeiro de Arruda e o historiador, escritor e pesquisador da obra de Euclides da Cunha, o professor Nicola de Souza Costa. História de Euclides da Cunha: A Vida: Euclides da Cunha nasceu em 20 de janeiro de 1866, na fazenda Saudade, no município de Cantagalo, Rio de Janeiro. Morreu no bairro da Piedade, aos 42 anos, assassinado pelo jovem cabo Dilermando Reis, amante de sua mulher, Ana Maria Cunha, filha do Coronel Sólon Ribeiro, importante personalidade da República. A vida de Euclides da Cunha foi marcada pela tragédia. Órfão de mãe aos três anos de idade, foi entregue aos cuidados de vários parentes. Morou no Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo. Diferentes composições que mais tarde ajudariam Euclides. Foi geógrafo, sociólogo e antropólogo. Além de mediador político e jornalista. Desde muito cedo Euclides da Cunha foi tido como gênio por seus contemporâneos. Prezava as amizades. E como amigos ilustres teve a figura do poderoso Barão do Rio Branco. No entanto, colecionou desafetos femininos. A obra: Sua obra é marcada por suas viagens. Além do Nordeste, visitou o Norte do Brasil, onde chefiou a comissão brasileira que atuava na demarcação das fronteiras. Conheceu de perto e num curto intervalo de tempo o “inferno verde da Amazônia” (nome dado pelos sulistas à Região Amazônica) e o “Saara vermelho” do sertão e da seca nordestina. Foi um dos primeiros escritores brasileiros a mostrar a miséria e o isolamento a que estava condenada parte dessas populações. Desde muito cedo levou uma vida errante e aventureira. Muitas vezes como jornalista, outras como engenheiro e militar, viajou por todo o País. Escreveu dois livros de ensaios; “Contrastes e Confrontos”, de 1907, “A Margem da História”, de 1909, e o relatório técnico, “Peru versus Bolívia”, de 1907. Mas sua grandeza como escritor deve-se a “Os Sertões”, onde trata a miséria nordestina.(Rafaela Vilaça/Acadêmica de Jornalismo/Ufac) Fonte: Jornal O Rio Branco

Assessoria | Comunicação TJAC

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