Capixaba, Xapuri, Brasileia, Epitaciolândia e Assis Brasil receberam a comitiva do Tribunal em uma agenda marcada pela escuta ativa, valorização das equipes e fortalecimento da gestão local
Longe do ritmo acelerado da capital, nas fronteiras onde a realidade impõe desafios próprios e complexos, o Tribunal de Justiça do Acre (TJAC) reafirma seu compromisso com a presença ativa e o diálogo direto, no propósito de aproximar o Judiciário de quem o constrói e de quem dele precisa.
A comitiva liderada pelo presidente do TJAC, desembargador Laudivon Nogueira, percorreu nestas quarta, quinta e sexta-feira, 14, 15 e 16, os municípios de Capixaba, Xapuri, Brasileia, Epitaciolândia e Assis Brasil, dando continuidade a uma série de visitas administrativas iniciada este mês.
As visitas representam um movimento estratégico de escuta ativa e presença, com o objetivo de dialogar com magistradas, magistrados, mas principalmente com servidoras e servidores, entender os desafios cotidianos das comarcas e alinhar as diretrizes da gestão à realidade de cada unidade.
“Nós somos pessoas que temos um serviço forte, essencial, que deve ser feito com respeito. E o Poder Judiciário é um só, não tem como uma comarca está dissociada do todo. A razão de vir aqui é compartilhar com vocês e validar o que planejamos para a gestão. A justiça só faz sentido quando prioriza o cidadão e valoriza quem a executa diariamente”, reforçou o presidente do TJAC, Laudivon Nogueira.
A comitiva contou com a presença de todos os diretores da áreas administrativas do Tribunal, bem como, a juíza Olívia Ribeiro, presidente da Associação dos Magistrados do Acre (Asmac), que aproveitou para em todas as agendas dialogar com as magistradas e magistrados.




Ações concretas e demandas locais
Nas reuniões realizadas nas cinco comarcas da região do Alto Acre, foram discutidos temas como a continuidade no melhoramento das estruturas físicas das unidades, melhorias tecnológicas, fluxo processual, segurança institucional, qualidade de vida dos servidores e fortalecimento do atendimento ao público. A equipe técnica também ouviu sugestões pontuais das equipes locais, buscando construir soluções em conjunto.
As principais ações e novidades da atual gestão, apresentadas pelo presidente Laudivon Nogueira, incluem a implantação do sistema eproc, que trará mais agilidade e segurança na tramitação processual; a criação de novas unidades de apoio, como a Secretaria Multidisciplinar; a expansão da Assessoria Virtual; e o uso da inteligência artificial ADA, em fase de testes, que auxiliará na rotina jurisdicional.






Magistratura
O servidor Carpegyani Costa, que atua na Comarca de Capixaba, destacou a importância de ser ouvido, e disse que a visita da administração os aproxima da gestão. “Sentir que nossas demandas estão sendo consideradas faz toda a diferença para quem está aqui todos os dias”.
O juiz de Direito Bruno Perrota, titular de Capixaba, pontuou a relevância de iniciativas que considerem o bem-estar físico e mental das equipes. Segundo ele, as gestões no Judiciário acreano seguem uma linha de continuidade de ações exitosas e outras inovadoras, em um caminhar constante de evolução.
Na comarca de Brasileia, o juiz Guilherme Miotto reforçou a importância da escuta ativa promovida pela atual gestão. Em Epitaciolândia, o juiz José Leite substituiu a magistrada Joelma Nogueira e foi o anfitrião no fórum. Ele destacou o empenho da equipe local e a relevância do contato direto com a administração para alinhar expectativas e metas.
Fechando a agenda desta edição das visitas, a juíza Vivian Yugar, da comarca de Assis Brasil, falou sobre a importância do olhar atento da gestão para os desafios da região de fronteira.





Justiça com presença e propósito
A presença da administração nas comarcas não é apenas simbólica, pois representa um modelo de gestão que entende que ouvir é tão essencial quanto decidir. As visitas têm proporcionado momentos de acolhimento, alinhamento técnico e reafirmação de compromissos com a excelência no serviço público.
Com agendas ainda previstas para os próximos meses, o Poder Judiciário demonstra que a interiorização da Justiça não é apenas uma diretriz administrativa, mas um princípio ético de quem reconhece que a verdadeira transformação começa no território, com os pés no chão e o ouvido atento a quem vive a realidade do sistema todos os dias.
