O evento reuniu integrantes de várias cortes de Justiça e tribunais de contas de todo o país para debater os desafios e as perspectivas do trabalho das ouvidorias judiciais no enfrentamento à violência contra as mulheres
A desembargadora Denise Bonfim, ouvidora da Mulher do Tribunal de Justiça do Acre (TJAC), participou do V Encontro do Colégio de Ouvidorias Judiciais das Mulheres, realizado de 28 a 30 de abril, em Belo Horizonte (MG). O evento reuniu integrantes de várias cortes de Justiça e tribunais de contas de todo o país para debater os desafios e as perspectivas do trabalho das ouvidorias judiciais no enfrentamento à violência contra as mulheres.
Na abertura do evento, a presidente do Colégio das Ouvidorias Judiciais das Mulheres, Tânia Regina Reckiziegel, destacou que a realização do encontro representa a consolidação do compromisso das ouvidorias das mulheres, ouvidorias especializadas e das ouvidorias dos Tribunais, na busca pela construção de um espaço acolhedor e sensível às questões de gênero, sobretudo em uma época em que os números de casos de feminicídio no país são alarmantes.

Ela advertiu que as ouvidorias são instrumentos essenciais, em especial para a escuta qualificada e acolhimento das vítimas de assédio moral e sexual nas instituições, e na proposição dos meios de interromper o ciclo de violência.
A abertura contou com palestra sobre o papel das Ouvidorias Judiciais na defesa dos direitos das mulheres, proferida pela presidente do Supremo Tribunal Militar (STM), ministra Maria Elizabeth Guimarães Teixeira Rocha, e pela desembargadora federal do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) Salise Sanchotene.
Além disso, a programação teve diversos painéis com os temas: violência institucional e o papel das ouvidorias, inovações tecnológicas nas ouvidorias judiciais, e a ouvidoria como ferramenta de inclusão e diversidade, com foco em práticas de equidade de gênero, raça e diversidade; bem como oficinas sobre práticas de comunicação não violenta, atendimento humanizado e acolhimento, prevenção e enfrentamento ao assédio institucional; e escuta ativa sobre discriminação, violência e assédio em razão de gênero.


“As ouvidorias são pontes entre o Judiciário, as instituições governamentais e a sociedade. O evento fortalece o intercâmbio de ideias e contribui para o aprimoramento das Uuvidorias como canais de escuta, acolhimento e proteção. Este encontro nos possibilita reflexões importantes sobre nosso papel na escuta e acolhimento das mulheres”, afirmou.
O evento foi uma realização conjunta do TJMG, por meio de sua Escola Judicial Desembargador Edésio Fernandes (Ejef) e da Ouvidoria da Mulher do TJMG, e do Tribunal Regional do Trabalho da 3ª Região.