Encontro realizado na segunda-feira, 7, contou com participação de várias instituições e organizações que debateram ações e estratégias de proteção à mulher e também a agenda da 22ª Semana da Justiça Pela Paz em Casa
Entre as ações executadas pela Coordenadoria Estadual da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar (Comsiv) do Tribunal de Justiça do Acre (TJAC) está a articulação com outros órgãos, instituições e organizações sociais voltadas ao atendimento da mulher. Por isso, nesta segunda-feira, 7, foi realizada reunião entre o Judiciário e as integrantes da Rede de Proteção à Mulher.
Apesar das atividades terem continuado intensamente de forma virtual, o encontro foi o primeiro presencial, depois da interrupção por causa da pandemia da Covid-19, e ainda contou com a participação do conselheiro do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), o advogado Marcos Vinícius. O membro do CNJ estava no Acre em função da abertura da Semana Nacional de Conciliação e aproveitou para ficar uns instantes na reunião.
A desembargadora Eva Evangelista, coordenadora da Comsiv desde 2017, ressaltou a importância da participação do conselheiro e da junção dos esforços de todos e todas para chegar as mulheres que mais precisam. Para a decana da Corte da Justiça acreana, estar presencialmente permite outra forma de aproximação, mais aconchegante e até resolutiva diante da realidade brasileira e também acreana da falta de acesso a meios tecnológicos.
“Estamos juntas desde 2017. A rede tem esse papel de nos aproximar e ampliar as ações. Por isso, é essencial termos sempre novas pessoas engajadas nessa causa, que envolve muito mais do que apenas julgar processos, mas lidar com estruturas arraigada de machismo”, disse a magistrada.
O conselheiro do CNJ também discorreu sobre a relevância das ações executadas em rede para combater práticas culturais que infelizmente legitimam esse tipo de violência. “Como é importante um movimento como esse encontro hoje. A violência doméstica e familiar é uma situação cultural. Por isso, as ações de combate são a longo prazo. Vivemos numa sociedade machista, patriarcal. Não podemos esperar a mudança vir naturalmente. Não podemos assistir impávido esse tipo de situação. Isso é sistêmico, é cultural. Esse tipo de evento é valioso. Que vocês não esmoreçam, que vejamos a dinâmica desses crimes para sermos sempre sensíveis. Estou disponível no Conselho Nacional à disposição”.
Aproximação
Além disso também participaram do encontro representantes da Patrulha Maria da Pena, da Comissão da Mulher Advogada, do Conselho Estadual dos Direitos da Mulher (Cedim/AC), do Instituto Mulheres da Amazônia (IMA), da Secretaria de Estado de Educação, Cultura e Esportes (SEE), da Secretária de Estado de Assistência Social, dos Direitos Humanos e de Política para Mulheres (SEASDHM), do Instituto Socioeducativo, da Secretaria de Governo do Acre (Segov), assim como, servidores e servidoras da Vara de Proteção à Mulher da Comarca de Rio Branco, e da Secretária de Projetos Sociais do TJAC.
Todos e todas compartilharam seus anseios, falaram sobre as iniciativas promovidas e traçaram estratégias e ações na proteção aos direitos e a vida das mulheres. Na pauta do encontro também estava a 22ª Semana Justiça pela Paz em Casa, que será realizada entre os dias 21 a 25 de novembro e, foi feita discussão de atividades conjuntas pelos 16 Dias de ativismos pelo Fim da Violência contra as Mulheres.
