Coordenadoria das Mulheres participa de ações com cumpridoras de penas que são monitoradas

Na oportunidade, foi anunciada a oferta de cursos profissionalizantes e, na sequência, a juíza-auxiliar da Presidência Andrea Brito ministrou uma palestra sobre o julgamento em perspectiva de gênero.

Em alusão as comemorações do Dia Internacional da Mulher, celebrado no dia 8 de março, a Coordenadoria Estadual da Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher (Comsiv) participou, nesta sexta-feira, 18, no auditório do Instituto de Administração Penitenciária do Acre (Iapen), de um encontro com aproximadamente 50 mulheres monitoradas por tornozeleira eletrônica, uma iniciativa da Unidade de Monitoramento Eletrônico Penitenciário (UMEP) e da Central Integrada de Alternativas Penais (Ciap).

Prestigiaram da ação, a coordenadora da Comsiv, desembargadora Eva Evangelista, a juíza-auxiliar da Presidência do Tribunal de Justiça do Acre (TJAC), Andrea Brito, o presidente do Iapen Arlenilson Cunha, representantes do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) e Instituto de Educação Profissional e Tecnológica (IEPTEC), além da equipe multidisciplinar do Iapen.

 

Na oportunidade, foi anunciada a oferta de cursos de corte e costura em máquina reta e overloque; e manicure e pedicure. Nesse contexto, a desembargadora Eva Evangelista, em suas palavras, direcionou incentivos às mulheres monitoradas.

“Essa capacitação é indispensável para a autoestima e, principalmente, para a independência econômica. Pois a ausência da independência econômica é o vetor que proporciona o encaminhamento às praticas não adequadas. Desejo muito sucesso a essa capacitação, certo de que o TJAC, a Coordenadoria das Mulheres, todos os parceiros envolvidos e unidos, podemos oferecer a perspectiva de vidas melhores. Que essas mulheres possam ser totalmente inseridas no seio da sociedade”, finalizou.

 

A juíza-auxiliar da Presidência ministrou palestra abordando o julgamento em perspectiva de gênero. A magistrada destacou dados que impressionam. Segundo o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), a população carcerária feminina subiu de 5.601 para 37.380 cumpridoras de penas entre 2000 e 2014, um crescimento de 567% em 15 anos. A magistrada falou ainda sobre a vasta conjuntura de situações que a mulheres estão envolvidas, que tem como consequência o encarceramento delas. Seja pela coparticipação com os(as) parceiros(a)s, seja por relacionamentos abusivos ou em razão dos filhos. 

A magistrada abordou ainda o perfil da mulher cumpridora de pena que é permeado desde a baixa escolaridade, a falta de capacitação, a escassez de políticas públicas, mas que há uma gama de esforços para que a ressocialização seja cada mais efetiva e ampla. Que somente pelas boas escolhas, pela proatividade e protagonismo na própria vida serão determinantes no sucesso da vida.

 

Elisson Nogueira Magalhaes | Comunicação TJAC

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