Feminicídio: mantida condenação de homem que matou namorada e escondeu corpo na cisterna

Caso foi julgado pela 1ª Vara do Tribunal do Júri, mas o réu entrou com recurso e foi negado pela Câmara Criminal. Assim, foi mantida a pena dele que foi de 35 anos e quatro meses reclusão

Homem que matou a namorada, escondeu o corpo na cisterna e ainda furtou coisas da residência da vítima teve negado recurso pela Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Acre (TJAC). Dessa forma, ele deve cumprir 35 anos e quarto meses de reclusão, em regime inicial fechado, além disso, deve pagar 80 dias multa.

O caso aconteceu em 2020 e depois foi julgado na 1ª Vara do Tribunal do Júri da Comarca de Rio Branco que sentenciou o réu pelas práticas dos crimes de feminicídio qualificado, ocultação de cadáver e roubo (artigos 121, §2°, incisos I, III, IV e VI, 155, §4°, inciso II e 211, caput do Código Penal). Mas o homem entrou com recurso contra a sentença, questionando a quantidade de pena aplicada.

Contudo, o relator do Apelo, desembargador Samoel Evangelista, votou por não conhecer o recurso. Pois, como explicou o magistrado em seu voto, a sentença do 1º Grau já atendia o pedido, tendo feita a dosimetria da pena, fixando o mínimo para cada uma das agravantes.

O relator pontou que a avaliação das circunstâncias judiciais não é simplesmente uma operação matemática, mas um exercício discricionário do magistrado e magistrada que observa cada caso e os princípios da razoabilidade e proporcionalidade.

“Além disso, a ponderação das circunstâncias judiciais não constitui mera operação aritmética, em que se atribuem pesos absolutos a cada uma delas, mas sim um exercício de discricionariedade vinculada do Juiz, que se pautando pelos princípios da razoabilidade e proporcionalidade, atrelados às particularidades do caso concreto e subjetivas do agente, impõe a punição que julga adequada para a situação”, escreveu o desembargador.

Emanuelly Silva Falqueto | Comunicação TJAC

O Tribunal de Justiça do Acre utiliza cookies, armazenados apenas em caráter temporário, a fim de obter estatísticas para aprimorar a experiência do usuário. A navegação no portal implica concordância com esse procedimento, em linha com a Política de Privacidade e Proteção de Dados Pessoais no Sítio Eletrônico do Poder Judiciário do Estado do Acre.