Roda de Conversa aborda sobre Adoção Legal

O evento teve a participação de vários representantes da rede de proteção à criança e ao adolescente, além de estudantes de direito que puderam tirar dúvidas sobre o assunto e contribuir com propostas para menos burocracia no processo de adoção.

O Brasil conta, atualmente, com aproximadamente 2,2 mil crianças e adolescentes que, apesar de acolhidas e aptas à adoção, não encontram pretendentes habilitados. Para contribuir com a solução deste problema, representantes do sistema de Justiça se reuniram para discutir sobre adoção. O Tribunal de Justiça do Acre (TJAC), Ministério Público Estadual (MPAC), Defensoria Pública do Estado do Acre e a Ordem dos Advogados do Brasil Seccional Acre (OAB/AC) promoveram nesta terça-feira, 31, roda de conversa sobre Adoção Legal. O evento, que ocorreu no auditório do MPAC, faz parte da programação em alusão ao Dia Internacional da Adoção, realizado no dia 25 de maio.

Durante a abertura, o procurador-geral do Ministério Público, Danilo Lovisaro, reforçou que o melhor caminho para adoção está estabelecido na legislação e que o diálogo é necessário. “Penso que, sobretudo, mais do que a lei, é a mudança cultural que teve ser feita. Eventos como esse são fundamentais para que possamos colocar a situação com muita clareza, aumentar o debate interinstitucional, aumentar o diálogo entre todos os envolvidos e buscar soluções, que em alguns casos se revolvem pela mediação”, disse.

O procurador de Justiça Maia Guedes enfatizou que o evento tem a finalidade de mostrar conhecimento para a sociedade para que ela colabore, assim como as instituições envolvidas sendo completado pelo presidente da OAB/AC, Rodrigo Ayache, que destacou ter atualmente mais de trinta mil pessoas na fila para adotar uma criança e mais de cinco mil em casas de acolhimento.

O evento teve a participação de vários representantes da rede de proteção à criança e ao adolescente, além de estudantes de direito que puderam tirar dúvidas sobre o assunto e contribuir com propostas para menos burocracia no processo de adoção.

Ainda nos pronunciamentos de abertura, o defensor público Celso Rodrigues esclareceu que o evento tem o intuito de proporcionar esclarecimentos para a sociedade, que a adoção precisa sim, obedecer o Cadastro. Não pactuamos com as pessoas pretendentes em adoção pule filas. Encaminhamos para que a adoção não seja apenas uma atividade de um dia, mas permanecente em nossa sociedade.

A desembargadora Regina Ferrari, coordenadora da Infância e da Juventude do TJAC iniciou usa fala abordando sobre a reativação do coral “Filhos da Esperança”, do programa Fortalecendo Vidas, que é desenvolvido por voluntários.

“Muitos são os caminhos para se alcançar a adoção legal, mas sabemos que são difíceis e demorados. Para isso, é preciso trabalharmos em rede. Tenho propostas, mas sei dos gargalos que muitos órgãos enfrentam. São muitas burocracias que precisamos vencer para que possamos alcançar o encurtamento do processo de adoção”.

Ela também propôs reunião conjunta com a Prefeitura e Câmara de Vereadores para que possam ajudar na capacitação de mais famílias acolhedoras.

“Estamos aqui irmanados nesse grande desafio. Tenho certeza que juntos atingiremos o fim único, que é disponibilizar uma família a quem tanto precisa. Elas têm voz, têm rosto, estão acolhidas provisoriamente, mas precisam de um lar”, pontuou.

Após a abertura, ocorreu a roda de conversa onde o juiz de Direito da 2ª Vara da Infância e da Juventude do TJAC, Wagner Alcântara, que abordou sobre adoção legal. A psicóloga jurídica, Rutilena Tavares, da Núcleo de Atendimento, salientou sobre o processo da adoção. 

Assistahttps://www.youtube.com/watch?v=Lik_O8-Qgk0

Na ocasião, Francisco da Conceição fez depoimento sobre ser voluntário, desde 2002, da Família Acolhedora. “É um desafio e um ato de amor. As crianças chegam em nossa casa para serem tratadas como amor, carinho e dignidade. Seria muito bom que mais pessoas se envolvessem. Que a partir desse encontro mais pessoas se envolvam para acolher”, finalizou.

O evento contou com participação musical de crianças do Educandário Santa Margarida.

Ana Paula Batalha da Silva | Comunicação TJAC

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