TJAC prestigia 3º Prêmio Bacurau de Direitos Humanos

Cerimônia de entrega das distinções ocorreu no auditório da Biblioteca Pública Estadual, nesta terça-feira

A Presidência do Tribunal de Justiça do Acre (TJAC) prestigiou, na manhã desta terça-feira, 20, a cerimônia de entrega das distinções aos finalistas do 3º Prêmio Bacurau de Direitos Humanos. 

A premiação ocorreu no auditório da Biblioteca Pública Estadual, na presença da juíza auxiliar da Presidência Andréa Brito; do prefeito Tião Bocalom; da procuradora de Justiça Rita de Cássia Lima; da diretora da SASDH, Rila Frese; entre várias outras autoridades, assessores, ativistas e militantes da causa humanitária.

Andréa Brito foi responsável por entregar a medalha de reconhecimento pela luta em defesa dos direitos humanos, em especial dos idosos e das pessoas com deficiências, por parte do médico dermatologista Paulo Jesus César, cujo ativismo foi fundamental para que milhares de acreanos pudessem ter diagnóstico precoce e acesso ao protocolo de medicamentos que combatem a Mycobacterium leprae ou bacilo de Hansen, agente causador da hanseníase.

Também foram contemplados o ativista pelos direitos humanos Edvaldo de Freitas Paz, ex-militar que se dedicou por mais de trinta anos à alfabetização de crianças, seringueiros e mulheres na Reserva Chico Mendes; a Casa de Acolhida Souza Araújo; bem como o ítalo-brasileiro Roberto Santi, ativista pelos direitos das pessoas atingidas pela hanseníase e amigo de Bacurau.

Sobre o homenageado

Francisco Augusto Vieira Nunes, mais conhecido como Bacurau, foi um ativista, militante pelos direitos das pessoas atingidas pela hanseníase que ficou conhecido nacional e internacionalmente pela luta, para conscientizar as pessoas sobre os males da doença e a necessidade de tratamento precoce, bem como pela reparação dos estragos sociais causados pela política de isolamento total dos enfermos, que separava indistintamente irmãos, filhos de seus pais, tentando efetivar verdadeiro rompimento de laços, ao não permitir qualquer contato dos doentes, que viviam em 33 colônias agrícolas espalhadas pelo Brasil – sendo uma delas no Acre -, com o mundo exterior.

Foi um dos fundadores do Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase (Morhan), em 1981. Ele morreu em 1997, depois de uma longa batalha contra um câncer, doença que, no entanto, não o impediu de continuar a luta pelos direitos das pessoas com hanseníase.

O Prêmio Bacurau de Direitos Humanos é uma realização da Prefeitura Municipal de Rio Branco, por meio da Secretaria de Assistência Social e Direitos Humanos (SASDH). A primeira edição aconteceu em 2019, a 3ª edição não foi realizada em 2021, em razão da pandemia da covid-19.

Márcio Bleiner | Comunicação TJAC

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