Exposição artística e atos de conscientização marcam agenda do TJAC em defesa da Amazônia

Abertura da exposição “Arte Pandêmica em Defesa da Vida”, do artista Jonsos Nunes Júnior, ocorreu na sexta-feira, 9. No mesmo dia, TJAC promoveu a entrega de plantas ornamentais e realizou de oficina sobre técnicas de plantio para horta orgânica

Na semana do Dia da Amazônia, comemorado no 5 de setembro, a capital acreana, um dos nove Estados brasileiros que abriga parte desse bioma, foi manchete pelo alto nível de poluição decorrente das queimadas, que afeta a saúde de todas e todos. Então, para marcar a data e alertar sobre o papel de cada pessoa na conservação da vida, na sexta-feira, 9, o Tribunal de Justiça do Acre (TJAC) realizou uma agenda de atividades, com a abertura de exposição artística, entrega de mudas de plantas ornamentais e oficina sobre técnicas de plantio de horta orgânica.

A exposição “Arte Pandêmica em Defesa da Vida”, do artista visual Jonsos Nunes Júnior, permanece no hall das Câmaras do Tribunal até o dia 7 de outubro. Traduzindo em aquarelas, mandalas e versos as cores da floresta e as dores vivenciadas no pior período da pandemia da Covid-19, a exposição é aberta ao público e foi coordenada pelo Núcleo Socioambiental Permanente do TJAC (Nusap), com apoio da Associação dos Artistas Plásticos do Acre (AAPA) e Fundação de Cultura Elias Mansur.

Imagem do dispositivo de honra alinhado em cima do tapete vermelho com telas penduradas atrás

Para a desembargadora-presidente do TJAC, Waldirene Cordeiro, o Judiciário tem o papel de atuar perante o contexto social e a disseminação das expressões artísticas é um caminho de levantar essas reflexões. “É uma honra para todos nós que fazemos parte da família judiciária receber o seu trabalho. É um trabalho que nos inspira, é um trabalho que nos faz refletir. Estamos em um momento muito difícil da nossa existência onde infelizmente o homem está sendo o lobo do próprio homem. Somos nós mesmo que estamos produzindo essa massa que não se afasta. Temos que fazer o nosso papel sim, enquanto Poder. Temos sim que distribuir conhecimento, distribuir Justiça, distribuir alegria, distribuir arte e distribuir qualidade de vida, que é isso que estamos precisando”.

Durante a abertura, o artista também lançou seu livro, que recebe o mesmo nome da exposição, e falou sobre como a arte é instrumento de transformação da realidade e das dores.

“O sonho é que a arte sirva de inspiração para a Justiça, que a Justiça possa lidar com a arte, trazendo espaços como esses, mas também, ouvindo o que a arte tem para dizer. E de certa forma a gente está se comportando como vírus que destrói o hospedeiro. Estamos há quase 15 dias com fumaça e parece ser na Amazônia inteira. Então, a gente precisa refletir a nossa relação e traduzir o amor que sentimos por nossos filhos em atos concretos. Estamos no limiar do ponto sem retorno. Então, para mim poder pintar e poder escrever foi uma forma de lidar com meu sofrimento e agora surge a oportunidade de compartilhar isso, que eu tenho chamado de transmutando o rancor em poesia”.

Amigos da Horta

Ainda dentro da programação pela Semana da Amazônia, a Gerência de Qualidade de Vida (Gevid) realizou a entrega de mudas de vinca e sachês de chá de erva cidreira e capim santo, que foram cultivadas na Horta Compartilhada do TJAC. Além disso, foi promovida a oficina “Amigos da Horta compartilhada”.

A formação foi conduzida pela engenheira agrônoma, Luciete Costa de Araújo, com auxílio do colega de profissão Jailton Cavalcanti, ambos da Secretaria Municipal de Agropecuária (Seagro). Os palestrantes discorreram sobre cuidados e técnicas de semeadura e plantio. A engenheira agrônoma ressaltou a necessidade de disseminar conhecimentos para que as pessoas adotem condutas que protejam a vida.

“O trabalho com a horta orgânica é justamente esse de evitar produtos químicos, tipo adubos químicos e venenos, que causam essa poluição e evitar a contaminação do solo, a contaminação da água. Produzir de forma mais natural tendo em vista a situação de poluição. É claro que a gente faz um trabalhinho de beija-flor. Mas, estamos ensinando como plantar, sem degradar o meio ambiente, sem prolongar essa degradação e, consequentemente, evitar fumaça, evitar queimada”, esclareceu Luciete.

Emanuelly Silva Falqueto | Comunicação TJAC

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