Projeto Cidadão percorre o Vale do Purus

O Projeto Cidadão inicia amanhã, 06, mais uma etapa de atendimentos no interior do Estado do Acre, em parceria com diversos órgãos do Governo Federal e Estadual. Desta vez, uma equipe de aproximadamente 40 pessoas percorrerá o Vale do Purus, prestando atendimento aos povos da floresta – ribeirinhos, seringueiros e indígenas. 

O Desembargador Arquilau Melo, idealizador e coordenador do Projeto Cidadão, acompanhará a comitiva, que contará inclusive com a cobertura especial de uma equipe de reportagem do jornal O Estado de São Paulo.

Expedição de documentos, consultas médicas, odontológicas e vacinação, orientação e assistência jurídica são alguns dos serviços a serem oferecidos. No dia 10, o atendimento ocorrerá na localidade Nova Aliança e no dia 12 na localidade Novo Marinho. Já nos dias 16 e 17, a equipe do Projeto estará no município de Santa Rosa do Purus.

Rota euclidiana

A rota do Projeto Cidadão no Vale do Purus é a mesma percorrida pelo escritor Euclides da Cunha, quando da sua passagem pelo Acre no início do século XX. O jornal O Estado de São Paulo acompanha essa edição do Projeto também na intenção de fazer uma reportagem especial sobre os cem anos de morte do escritor, completados em 2009. 

No Acre, o movimento euclidiano vem divulgando a relação do escritor Euclides da Cunha com a história do Acre, difundindo e agregando valores à sua passagem pelo Estado. Em missão oficial, o escritor atravessou os rios e matas da região acreana, que naquela época correspondia ao maior centro mundial de produção gomífera, responsável pelo abastecimento das indústrias inglesas e norte-americanas.

A expedição de Euclides da Cunha é parte fundamental do processo de incorporação das terras do Acre ao Brasil. Euclides foi nomeado em 1904, pelo Barão do Rio Branco, como chefe da Comissão Mista Brasileiro-Peruana de Reconhecimento do Alto Purus, que partiu em abril de 1905 de Manaus para a nascente do rio Purus, com o desafio de realizar um levantamento daquele rio e colaborar com as demarcações definitivas das fronteiras entre Brasil e Peru.

A viagem permitiu que ele fosse o primeiro cientista social brasileiro a descrever em detalhes a “sociedade seringueira”, denunciando a exploração a que eram submetidos os nordestinos transformados em seringueiros na Amazônia.

 

 

Assessoria | Comunicação TJAC

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