Caso José Hugo: Justiça suspende audiência de instrução

O juiz Cloves Ferreira informou que a audiência do caso “José Hugo”, prevista para ocorrer nesta quarta-feira (28), teve de ser suspensa.

Titular da 4ª Vara Criminal, o magistrado ouviria Hildebrando Pascoal Nogueira Neto e Raimundo Alves de Oliveira, acusados de assassinar José Hugo Alves Júnior (o “Mordido”), no Estado do Piauí.

A audiência de instrução do processo nº 0032659-75.2011.8.01.0001 que aconteceria por meio de Carta Precatória até foi iniciada, mas os advogados dos réus requereram as cópias dos depoimentos e interrogatórios, para permitir a concretização do direito de defesa dos acusados.

Por essa razão, o juiz teve de suspender a audiência para falar, por meio de contato telefônico, com a juíza da Comarca de Parnaguá-PI, onde tramita o processo.

A magistrada informou, contudo, que não seria possível disponibilizar todas as cópias mencionadas (como depoimentos de testemunhas), visto que está “aguardando o cumprimento das Precatórias para ouvir mais uma testemunha de defesa na unidade judiciária. Somente quando isso acontecer, é que ela enviará todos os documentos à 4ª Vara Criminal.

Cloves Ferreira explicou também que Raimundo Alves de Oliveira compareceu à sala de audiência, mas em virtude da suspensão, não foi ouvido. Já Hildebrando Pascoal não foi apresentado pela Direção do Instituto de Administração Penitenciário (IAPEN), o qual argumentou que “o réu se encontra enfermo e internado no Hospital das Clínicas (Fundacre), sem previsão de alta.”

O caso

De acordo com denúncia do Ministério Público Estadual (MPE), José Hugo foi capturado e assassinado no Piauí, por Hildebrando Pascoal e Raimundo Oliveira (o “Raimundinho”), que era considerado um dos mais perigosos integrantes do “esquadrão da morte”.

José Hugo havia assassinado Itamar Pascoal, irmão de Hildebrando, no dia 30 de junho de 1996. O mecânico Agilson Firmino dos Santos, o “Baiano”, teria ajudado José Hugo a fugir e, por isso, também foi assassinado.

Conforme a denúncia, o crime foi praticado com requintes de crueldade e mediante intenso sofrimento físico. Ainda vivo, o mecânico teve os olhos perfurados, braços, pernas e pênis amputados com a utilização de uma motosserra, além de um prego cravado na testa, culminando os atos de tortura com vários tiros desferidos supostamente pelo ex-deputado Hildebrando Pascoal contra a cabeça da vítima.

Assessoria | Comunicação TJAC

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