Vepma realiza atendimento social em prol das vítimas da enchente do Rio Acre

Um grupo de 20 alunos do curso de formação de cabeleireiros da Vara de Execuções de Penas e Medidas Alternativas (Vepma) da Comarca de Rio Branco realizou nesta semana serviços de corte de cabelo gratuito para as vítimas da atual enchente do Rio Acre.

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A ação, inserida no rol de atividades desenvolvidas pelo Poder Judiciário Estadual em favor das famílias atingidas pela maior catástrofe natural já registrada no Estado, acontece em parceria com o Serviço Nacional do Comércio (Senac/AC), através do Programa Começar de Novo do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que visa apoiar as atividades de ressocialização de egressos do sistema carcerário.

Ao todo, cerca de 600 homens, mulheres e crianças foram atendidas até a manhã desta sexta-feira (6), sob supervisão direta do instrutor da Vepma, Mário D´Albuquerque, no Ginásio do SESI e no Parque de Exposições Marechal Castelo Branco, locais onde estão abrigadas a maior parte das famílias que precisaram deixar suas residências frente ao avanço do nível das águas.

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A coordenadora do Programa Começar de Novo no Acre, juíza de Direito Maha Manasfi, se disse feliz pelo sucesso da atividade, que, segundo ela, serve não somente como uma demonstração de apoio e solidariedade às vítimas da alagação, mas também como um incentivo ao processo de ressocialização de reeducandos e ex-reeducandos.

“Nós ficamos realmente muito felizes com essa ação. Essas pessoas já pagaram por seus erros e agora buscam se reinserir na sociedade, um processo que nós sabemos que não é fácil, principalmente em razão do preconceito. Vê-los se sentindo úteis, redescobrindo o prazer de ajudar ao próximo, redescobrindo seus próprios talentos, é algo que nos enche de orgulho – e também de determinação para continuar trilhando esse caminho”, considerou.

A ex-reeducanda Josiele também falou da felicidade em poder, “de alguma forma”, ajudar as famílias vítimas da enchente do Rio Acre, “que passam por um momento de grande dificuldade”.

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“A gente está aqui para ajudar essas pessoas e também para mostrar que nós podemos contribuir com a sociedade. Nós também recebemos muita ajuda do Tribunal e do Senac no momento em que realizamos a progressão de regime, que literalmente nos abrem as portas, então, é muito justo que nesse momento nós também possamos demonstrar nossa solidariedade para com essas pessoas. Eu só tenho a agradecer por essa oportunidade”, disse.

A moradora do Bairro Carandá, Lleya Menezes, é uma das pessoas que tiveram suas casas invadidas pelas águas do Rio Acre na Capital. Ela explica que deixou sua residência sob forte chuva, tendo perdido muitos dos seus pertences na saída, mas que a solidariedade das pessoas tem ajudado muito a amenizar a ansiedade do momento.

“Eu só tenho a agradecer pela atenção que estão nos dando. Meus meninos realmente estavam precisando desse serviço e infelizmente eu não tinha o dinheiro para pagar pelos cortes. Então vieram os alunos do Tribunal, que se mostraram muito carinhosos, muito atenciosos com as crianças, prestando esse serviço de forma gratuita. Nós temos mais é que agradecer por essa iniciativa”, falou.

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Por sua vez, o diretor de educação profissional do Senac/AC, Abraão Maia, ressaltou que o serviço tem sido não somente bem aceito, mas também bastante procurado pelas famílias que estão nos abrigos.

“Nesse momento nós temos que juntar as mãos e ajudar uns aos outros. É realmente uma situação de calamidade e, só nos unindo, iremos conseguir pelo menos amenizar a situação dessa população que está sendo afetada por essa catástrofe. As pessoas estão gostando do serviço que está sendo oferecido e têm comparecido bastante”.

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Sobre o programa

O programa “Começar de Novo” visa à sensibilização de órgãos públicos e da sociedade civil para que forneçam postos de trabalho e cursos de capacitação profissional para presos e egressos do sistema carcerário. O principal objetivo do programa, portanto, é promover a cidadania e assim, reduzir a reincidência de crimes.

As ações profissionalizantes e de ressocialização são uma marca registrada do programa, idealizado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e coordenado, no Acre, desde 2007, pela juíza de Direito Maha Manasfi, titular da Vepma.

Assessoria | Comunicação TJAC

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