Tribunal do Júri de Brasiléia: Julgamento de pai e filho entra no segundo dia

O Tribunal do Júri da Comarca de Brasiléia realiza desde ontem (25) o julgamento de Adonai e Adônis Bronzeado (pai e filho) pelo assassinato de Manoel Inácio da Silva (processo nº 003.09.002517-5), fato corrido no dia no dia 28 de setembro de 2009.

A sessão de julgamento, presidida pelo Juiz de Direito Substituto Alesson Braz, acontece no plenário do Fórum Dr. Evaldo Abreu de Oliveira, no centro da cidade, e é acompanhada de perto pela comunidade, familiares e amigos dos réus e da vítima.

Por conta disso, o Juiz adotou medidas de segurança para garantir o bom andamento dos trabalhos, como a interdição de parte da rua em frente ao Fórum e solicitou reforço de segurança no local, que está sendo feito por membros das polícias Federal, Civil e Militar.

O caso

Este é o segundo julgamento de Adônis Bronzeado neste ano. Em fevereiro, ele foi condenado à pena de seis anos e seis meses de prisão em regime fechado, por ter assassinado a facadas, em dezembro de 2008, o estudante Jefferson Freitas da Silva (processo nº 003.08.003120-2), filho de Manoel Inácio.

Na madrugada do dia 21 de dezembro de 2008, segundo inquérito policial, após alguns desentendimentos em uma casa de eventos da cidade de Brasiléia, o acusado Adônis Bronzeado foi até sua casa, se armou com uma faca, voltou e assassinou Jeferson Freitas da Silva.

Após alguns meses de detenção no Complexo Penitenciário Francisco D’Oliveira Conde, em Rio Branco, o acusado conseguiu o benefício da liberdade provisória e voltou para a cidade natal. No dia 28 de setembro de 2009 ocorreu o assassinato do pai de Jeferson, Manoel Inácio da Silva, que o acusado alega ter cometido para se defender.

Segundo testemunhas, depois de efetuar os disparos contra a vítima, Adônis foi ajudado por seu pai, Adonai Rodrigues Bronzeado, e juntos fugiram em uma moto pelas ruas da cidade. Nessa tentativa de fuga, eles ainda atropelaram uma pessoa, a poucas quadras do local onde aconteceu o crime.

Ao caírem da moto, o pai de Adônis machucou-se e permaneceu no local. Já o filho, com a arma do crime, fugiu para uma chácara de familiares próxima ao Rio Acre. Em menos de duas horas após o crime, policiais militares conseguiram deter o acusado.

Adônis Brozeado foi indiciado como autor dos dois homicídios e seu pai, Adonai Bronzeado, como co-autor do segundo crime.

Julgamento

No primeiro dia de julgamento, iniciado às 8h22, foram os ouvidas 15 testemunhas, sendo seis civis e nove militares, divididos entre acusação e defesa. Na sequência foram ouvidos os réus. Com intervalos para almoço e lanche no início da noite, os trabalhos seguiram até às 21h40.

Os réus foram conduzidos à delegacia de Brasiléia, onde uma guarda especial garantiu a segurança dos dois. E para garantir o isolamento dos jurados, todos pernoitaram em hotel.

Os trabalhos recomeçaram na manhã desta quarta-feira (26), com a fase dos debates entre defesa e acusação, sendo que cada um terá cerca de duas horas e meia para realizarem suas explanações. Caso haja tréplica, o julgamento provavelmente se estenderá até o início o período da noite.

(Com informações e fotos do portal O Alto Acre)

 

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Assessoria | Comunicação TJAC

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