Atuação do Judiciário contribui para recuperação de dependentes químicos no Juruá

A reinserção social e familiar tem se transformado em realidade na Associação de Parentes e Amigos dos Dependentes Químicos (Apadeq) de Cruzeiro do Sul.

A reinserção social e familiar é um tema encarado com seriedade e compromisso pelo Judiciário Acreano, materializado em ações concretas desenvolvidas por magistrados e servidores. Exemplo disso é o trabalho da Associação de Parentes e Amigos dos Dependentes Químicos (Apadeq) de Cruzeiro do Sul, instalada há pelo menos 16 anos no Juruá. No espaço é oferecido o tratamento da dependência de álcool e de outras drogas, mas principalmente um remédio que não tem preço, a valorização da vida humana.

As Varas Criminais da Comarca local – nos crimes de menor potencial ofensivo -, convertem as penas em internação, que ocorrerá na Apadeq durante meses seguidos, até que os dependentes estejam aptos ao convício em sociedade e respectivas famílias.

A desembargadora-presidente do Tribunal de Justiça do Acre, Denise Bonfim, esteve no local para conhecer os trabalhos desenvolvidos pela Associação, e a atuação do Judiciário. O juiz de Direito Lois Arruda, auxiliar da Presidência, e os juízes de Direito Hugo Torquato e Marcos Rafael também integraram a agenda, sendo todos foram recepcionadas por Raimundo Felício (o Branco), que coordena as atividades.

As autoridades conheceram as instalações, que conta biblioteca, sala de jogos, pequena fábrica (com serviços de carpintaria, pintura, trabalhos manuais, etc.), dormitórios, espaços para recreação e descanso, atendimento psicossocial, ambulatório, e outras dependências voltadas a manifestações artísticas, desportivas e profissionais.

Em seguida, uma solenidade demarcou o momento especial, com a apresentação musical de voz (coral) e violão, executada pelos próprios internos – o que surpreendeu a muitos.

“Só posso dizer que a minha vida mudou por completo. Agora tenho uma nova perspectiva, um novo olhar, e esperança”, frisou José Jeferson”, que deu o seu testemunho aos presentes.

“Realmente, estou emocionada com esse trabalho. E só posso dizer aos senhores que aproveitem esta oportunidade rara para começar uma nova história, de uma forma diferente, com dignidade, respeito e verdadeira cidadania, e voltando ao seio de suas famílias como novas pessoas”, assinalou a presidente do TJAC, antes de parabenizar a todos os envolvidos.

Para o juiz Hugo Torquato, que é diretor do Foro da Comarca de Cruzeiro do Sul, e responsável pelas Execuções Penais, o propósito é mesmo pedagógico, e que ganha com isso é a sociedade, já que o tratamento também educa e evita reincidência.

“Eu diria que tudo o que é feito aqui é para reabilitar vidas que estavam interrompidas no mundo das drogas, pessoas em quem ninguém acreditava, nem elas mesmas. E isso não seria possível sem a ajuda do Poder Judiciário. Vocês são os protagonistas dessa causa”, disse Branco.

A Apadeq-CZS tem a capacidade de acolher até 80 homens, mas no momento possui 16, número que cresce consideravelmente na transição para o segundo semestre. O intuito é oferecer as condições terapêuticas necessárias para promover a recuperação dos internos e a sua reinserção na sociedade, inclusive no mercado de trabalho.

Um registro fotográfico na área frontal da unidade celebrou o encerramento da visita institucional.

Assessoria | Comunicação TJAC

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