2ª Vara Criminal determina prisão preventiva dos acusados de fraudar Bingo da Família

 A juíza Denise Bonfim determinou nesta quarta-feira (13) a prisão preventiva dos acusados de fraudar o Bingo da Família, realizado pela Diocese de Rio Branco no último domingo (10).

Claiton Valdomiro Anholete, Denilson Silva Jacinto e Rafael Paulino Jora da Silva foram presos em flagrante na última segunda-feira (11), ocasião em que tentavam resgatar os prêmios. Eles teriam adulterado as cartelas no momento em que o bingo era rodado no Parque de Exposições Marechal Castelo Branco, a fim de receber de forma criminosa os bens sorteados.

Decisão

De acordo com os autos do processo nº 0012539-74.2012.8.01.0001, a juíza Denise Bonfim – titular da 2ª Vara Criminal de Rio Branco -, decidiu pela conversão da prisão em flagrante em prisão preventiva com base nos artigos 311 e 312 do Código de Processo Penal (CPP).

Ela ressaltou outro motivo que a levou a decidir pela prisão preventiva dos acusados. “Além de considerar o fato de que os três são oriundos de outro Estado – o que poderia configurar eminência de fuga caso a prisão fosse mantida apenas como flagrante-, é preciso destacar o caráter pedagógico da decisão. Criminosos não podem achar que encontrarão facilidade de praticar seus delitos no Acre pelo fato de este ser um Estado novo e distante dos grandes centros”, destacou a juíza.

Os mandados da prisão preventiva já foram expedidos pela unidade judiciária.

A magistrada determinou ainda que os bens apreendidos fossem encaminhados ao delegado do caso, com o intuito de que sejam submetidos a exame pericial.

O caso

Um veículo (modelo Citröen C3) e uma moto (modelo Honda Fan) – principais prêmios -, eram os alvos dos acusados. Os três haviam se hospedado estrategicamente em dois hotéis próximos à rodoviária da Capital. No local, a polícia apreendeu tinta, lixa, borracha e vários carimbos com números variados.

Com esse material, eles inseriam em tempo real nas cartelas que compraram os números que eram narrados pelo locutor do bingo.

Claiton Anholete, Denilson Jacinto e Rafael da Silva já haviam praticado o mesmo golpe em outros municípios nos estados de São Paulo e Goiás.

O que mais chamou a atenção foi o fato de os três serem oriundos do Estado de São Paulo e terem se deslocado ao Acre (distante 3.604 km) tão somente para praticar o crime. Dois deles são oriundos do município de Americana, e outro da Capital paulista.

 

Assessoria | Comunicação TJAC

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