Sob coordenação do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), teve início nesta terça-feira (27) uma mobilização em todo o País para revisar a situação de crianças e adolescentes acolhidos. Em todo o Brasil, será revisada a situação de 1.488 unidades de acolhimento. Na cidade de Rio Branco existem três unidades: Educandário Santa Margarida, Lar Esther, Casa Sol Nascente e Abrigo Drª Maria Tapajós.
Nos próximos 90 dias, todos os estabelecimentos que sirvam de abrigo para menores no País serão visitados pelos juízes das Varas de Infância e Juventude. Todos os tribunais brasileiros estão mobilizados para atender à Instrução Normativa nº 2, do CNJ, que disciplina a adoção dessa e de outras iniciativas destinadas à regularização do controle das unidades de abrigamento e de execução das medidas de acolhimento (institucional ou familiar).
As audiências de revisão processual devem ser concluídas até a semana do "Dia da Criança", comemorado em 12 de outubro, quando deve estar concluída a verificação individualizada da situação pessoal e processual das crianças e adolescentes acolhidos no país.
Os trabalhos no Acre
Na Comarca de Rio Branco a mobilização também já foi iniciada. A Juíza Larissa Pinho, que atualmente responde pelas Varas da Infância e da Juventude da Capital, editou a Portaria nº 9, publicada no Diário da Justiça Eletrônico (fls. 50 e 51) desta quarta-feira (28), declarando a abertura dos trabalhos.
O objetivo é a regularização do controle de equipamentos de execução referente a medida protetiva de acolhimento de crianças e adolescentes no âmbito familiar e institucional, buscando fiscalizar as pessoas que comandam esses equipamentos, exercer o controle das entidades que desenvolvam projetos de acolhimento e verificar se as crianças e adolescentes estão sendo acompanhados pelas Varas da Infância, atendendo-se às suas necessidades e de sua família.
Para discutir as necessidades e suprir eventuais carências das equipes multidisciplinares que prestam atendimento a menores, a Juíza definiu a realização de uma reunião no próximo dia 3 de agosto para discutir parcerias com o Poder Executivo Municipal, Ministério Público, Defensoria Pública, Ordem dos Advogados do Brasil, Conselho Municipal e Estadual de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente, Conselho Tutelar, universidade e faculdades.
Conjuntamente, os poderes, órgãos e unidades devem elaborar um protocolo de intenções para garantir o pleno cumprimento dos ditames sociais e protetivos estabelecidos no Estatuto da Criança e do Adolescente e na Instrução Normativa nº 2 do CNJ.